Um grupo de mães de portadores do transtorno do espectro autista esteve na reunião da Câmara dessa segunda-feira (25) relatando as dificuldades que estão encontrando para cuidar de seus filhos. Os problemas apresentados são diversos, como falta de acesso aos profissionais necessários para o tratamento, descumprimento do direito ao atendimento prioritário junto aos órgão da prefeitura, falta de emissão de carteirinhas que facilitam a identificação da pessoa diagnosticada com o transtorno dentre outros.
A vinda à sessão da Câmara foi mais uma ação das muitas já tomadas por esse grupo que busca uma melhora nos serviços e atendimentos oferecidos pelo município. Segundo a representante dessas mães, Ingrid Alice Soares Melo Silva, elas não estão sendo ouvidas pela prefeitura e estão sendo negligenciadas pelos setores que deveriam auxiliá-las.
Questionada pelo presidente da Câmara, Cristian Reis Leandro (Cristian da ambulância), sobre o que os vereadores poderiam fazer para ajudá-las, a representante pediu que a secretaria de saúde seja cobrada para cumprir a lei que garante agendamento e atendimento prioritários para portadores de autismo; que os servidores da prefeitura sejam instruídos a atender as necessidades dessas pessoas, como o transporte individualizado; que seja informado quanto de recurso já foi disponibilizado para atendimento exclusivo de portadores de autismo e como esses valores estão sendo utilizados, além de aumentar o acesso a exames e profissionais necessários para atender esses indivíduos e da disponibilização da carteirinha de identificação.
O presidente Cristian já encaminhou um ofício ao chefe do executivo cobrando a emissão das carteirinhas para pessoas diagnosticadas com o espectro autista. É de autoria dele a Lei de 2021 que institui a carteira de identificação para pessoa com transtorno do espectro autista no município e a expedição por órgão municipal a ser definido pelo Executivo. Cristian também colocou o departamento jurídico da Casa à disposição das mães e vereadores para buscar soluções que ajudem a regulamentar essa situação.
Diante das solicitações, o vereador José Joaquim Silva (Zé Pequeno) sugeriu uma indicação conjunta solicitando uma equipe multidisciplinar completa e específica para atender portadores. A vereadora Najara Ávila fez o requerimento pedindo informações sobre os recursos para o tratamento específico do transtorno. E o vereador Wilber Moura sugeriu a criação de uma Frente Parlamentar de Apoio e Garantia aos Direitos dos Portadores de Autismo para auxiliar as mães e cobrar o cumprimento da legislação.