Durante a sessão ordinária desta semana, a doutora Natália Achcar Monteiro Silva usou a tribuna do Legislativo para apresentar a tese que defendeu em 2020, intitulada: ?Nas tramas da produção artesanal: saberes cotidianos em Carmo do Rio Claro/MG?. Para o seu trabalho, a arquiteta pesquisou a tecelagem manual e os doces, duas importantes produções artesanais da cidade.
A doutora Monteiro Silva pôde verificar que ambas as práticas correm um risco real de desaparecerem em função de uma série de questões. Entre eles, apontou a falta de apoio da gestão pública; a falta de interesse dos mais jovens, o que impede que esses trabalhos sejam transmitidos no núcleo familiar; e a falta de capacitação para gestão dos negócios.
Como forma de contribuição resultante do seu estudo, ela propõe dois caminhos para resgatar essas tradições ao mesmo tempo em que capacita e fortalece esse campo de atuação. Sugere, então, a criação de uma escola de artesanato que poderia ser instalada no antigo edifício do fórum, possibilitando o encontro do patrimônio material e imaterial. E ainda a criação de um Museu Vivo que, além de resgatar a história da tecelagem e do doce, faria parte de uma rota do artesanato, dialogando com as atividades de turismo ecológico e religioso.
Ao fim de sua exposição, a doutora colocou-se à disposição do município para atuar como colaboradora, caso seja do interesse da administração colocar esses projetos em prática.
O trabalho dela foi muito elogiado pelos vereadores e recebeu, do edil Lucas Carielo, uma Moção de Aplausos pelo estudo desenvolvido.